terça-feira, 26 de maio de 2009

3 linhas tortas.

Sem mais casualidades, nada me resta além de palavras. Algo nas mãos e a minha história traçando linhas tortas, não vejo a tal ''luz no fim do túnel'', ceguei-me com mentiras. Criadora da minha própria insônia. Direi-vos algo que julgo só eu entender, fui vista do lado errado. 
Peguei-me fugindo de mim mesma, atos e fatos. Não tenho passado, digo, não em mim, estou passando por alguém. Quem?
A dor da falsa perda, minha nova desculpa. Uma noite, limites ultrapassados. Um escudo me seria útil. Um segundo, uma vida em apuros. 
Sinto-me vagando, isso não sou eu. Cadê? Procura-se alma desesperada. Fora-se embora algo que um dia fora meu - talvez nosso. Estava adaptando-me à falsa dor, ao viver de acasos, basear-me em atos, atos não são fatos, até que - tambores rufando, o inesperado. inesperado? Não o esperava tão cedo, portanto, o apressado. A dor e a felicidade se unem, felicidade a qual não serve-me como base. Por entre linhas, a dor que já não me dói. Faria isso de mim alguém sem (ênfase) sentimentos? Baseiam-se estes em atos, tornam-se fatos. Através de quê? do coração pulsando e do sangue correndo. As veias gritando.
Continuo à procura, minha dor fugiu de mim, tirou-me palavras, como falarei? Quero gritar. o que passei e o que colocaram-me à frente. Não consigo expressar. Não consigo lembrar, pareceu-me sonho. Talvez. Algo nas entrelinhas, perdi seu climáx e desfecho, quem se importa? Fora aquilo meu desfecho e nova introdução, roubou-me palavra e expressão. O esqueleto da história assusta-me, baseada esta em quê? História minha, não tão minha, a perdi repetidas vezes. Como água que escorre pelas mãos, esvaindo-se e formando algo novo. Novo? Metaforicamente, jogaram-me no lixo e o reciclaram, estou sendo formada por algo além de mim, não o entendo, não o decifro, como saberei? Deixaram minhas dores atrás, algo está a me esperar. Está? Não. Hoje, tudo depende de mim, o destino está em minhas mãos e com estas o escreverei. 

sábado, 23 de maio de 2009

Eu por eu mesma.

Antes de tudo - tudo é relativo demais. No começo de qualquer texto há sempre uma introdução, a educação ainda presente, apresente-se. Esta está lá quando você a quer, para te dar alguma noção, qual rumo algo tomará, ou tira-lá, confundir-te. Aqui encontra-se a minha, digo, a do meu novo blog:
Meu nome - acredito eu, não é de grandes absurdos, não roda em bocas e não faz partes de fofocas, estará aqui apenas para sua plena satisfação e segurança, apresento-me desde que comecei a usar as palavras como Lais Motta, e assim será. Idade temporária de catorze anos, faço aniversário no último dia do signo de Câncer, sou fiel a tal signo, digo, não leio horóscopos diariamente, mas quando os leio, acredito, e minha personalidade, bom, eu gosto de mudar, mas acho que meu signo, às vezes, diz muito sobre mim, exemplo simples: mudo de humor facilmente. Tenho alguns ideais, sonhos que me veêm ao acaso. Na verdade tenho uma lista, não de sonhos, mas do que espero de mim no futuro, apesar de não pensar muito no dia seguinte. O hoje é minha eternidade. Eternidade? Palavra cujo significado é vago, eternidade para mim são as 24 horas perfeitas de um dia.
Sou completamente oito ou oitenta, um verdadeiro pé no saco quando tenho a intenção de sê-lo. Bipolar, chata e anti-social. Três bases: não falar mal, não odiar, não brigar. Não. Gosto de música - berros diria minha mãe, de fotografia, de um bom café ao entardecer, de escrever - apesar de fazê-lo geralmente quando algum tipo de vunerabilidade me abala, de alguns etc's e gosto do amor. O amor. Atrai-me sua ciência e seu indecifrável código. Gosto de observar. Presto atenção nos detalhes, nos gestos e costumes, nos olhares. Ah, os olhares. Entendo-os sem muitas dificuldades, estas estão focadas em outros. Distraio-me facilmente, diria. Estou presente de corpo mas minha alma - o que penso, está voando, alto, vaga sozinha, assim prefiro.  Não me importo muito com pessoas alheias - ou com quase ninguém, mas estas me atraem demasiadamente. Ver um passante e saber que nunca - nunca é relativo. E saber que não o verei amanhã novamente me traz um certo conforto. Tenho alguns amigos, não muitos - confiança é algo difícil de lidar, o suficiente. Fria e calculista, não vejo motivos à ser gentil com quem fere a ti, a ti a mim e a qualquer outro, porém não sou estúpida, talvez indelicada. Dificilmente socializo com quem pouco me importa. Verbalizo tudo que vier a minha cabeça, palavras são meu dom. Respeito é meu guia. 
Sou impossível quando tenho intenção de sê-lo. Tenho limites. E uma paixão inconsequente pela vida, os anseios que esta me trazem, sua essência. Não sei amar. Gosto do inacabado e malfeito, da delicadeza de um erro, a imperfeição do desajeitado. Não ousarei corrigir erros que, no feroz anseio de acertar, cometo. Evoluo com estes, fonte de sabedoria e vida. Acertos são acasos que ocorrem ao acaso, numa necessidade, fonte de felicidade momentânea, nada contra, são como um consolo, oportunidades. 
Gosto da fase na qual estou vivendo, suas dúvidas e cobiças, suas falhas e caminhos, a famosa adolescência, fiel companheira.
Nem tudo é válido. Arrisque-se, a vida não é só isso.