Peguei-me fugindo de mim mesma, atos e fatos. Não tenho passado, digo, não em mim, estou passando por alguém. Quem?
A dor da falsa perda, minha nova desculpa. Uma noite, limites ultrapassados. Um escudo me seria útil. Um segundo, uma vida em apuros.
Sinto-me vagando, isso não sou eu. Cadê? Procura-se alma desesperada. Fora-se embora algo que um dia fora meu - talvez nosso. Estava adaptando-me à falsa dor, ao viver de acasos, basear-me em atos, atos não são fatos, até que - tambores rufando, o inesperado. inesperado? Não o esperava tão cedo, portanto, o apressado. A dor e a felicidade se unem, felicidade a qual não serve-me como base. Por entre linhas, a dor que já não me dói. Faria isso de mim alguém sem (ênfase) sentimentos? Baseiam-se estes em atos, tornam-se fatos. Através de quê? do coração pulsando e do sangue correndo. As veias gritando.
Continuo à procura, minha dor fugiu de mim, tirou-me palavras, como falarei? Quero gritar. o que passei e o que colocaram-me à frente. Não consigo expressar. Não consigo lembrar, pareceu-me sonho. Talvez. Algo nas entrelinhas, perdi seu climáx e desfecho, quem se importa? Fora aquilo meu desfecho e nova introdução, roubou-me palavra e expressão. O esqueleto da história assusta-me, baseada esta em quê? História minha, não tão minha, a perdi repetidas vezes. Como água que escorre pelas mãos, esvaindo-se e formando algo novo. Novo? Metaforicamente, jogaram-me no lixo e o reciclaram, estou sendo formada por algo além de mim, não o entendo, não o decifro, como saberei? Deixaram minhas dores atrás, algo está a me esperar. Está? Não. Hoje, tudo depende de mim, o destino está em minhas mãos e com estas o escreverei.